niLL continua saga futurista na nova mixtape “Good Smell Vol. 2”

niLL lança nova mixtape “Good Smell Vol. 2”, disponível nas plataformas digitais no dia 28 de agosto.

Imagine um universo sem barreiras, onde o progresso é tamanho que os humanos se misturaram com os robôs e as pessoas são livres para fazer o que bem entenderem. Essa é a sociedade idealizada pelo rapper niLL, membro da Sound Food Gang, que se prepara para lançar no dia 28 de agosto a mixtape Good Smell Vol. 2, o quinto projeto do artista em estúdio.

Com produção executiva feita pela Tomada Cultura, a gravação do álbum foi contemplada através do edital do ProAC – Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo. Os instrumentais são de Ryam Beatz, Soundflex, Tan Beatz e O Adotado e a capa, idealizada por Bru Yeah. Com nove faixas, o disco tem participações de Alt Niss, Ashira e Bivolt, seguindo a ideia de convidar apenas artistas mulheres para cantar. 

Universo da mixtape

Neste segundo volume, revela-se o nome da jovem Lilith, metade mulher e metade máquina. Agora, a personagem, também mostra seu rosto na capa, antes só se conhecia o corpo, com um braço orgânico e outro metálico.

O título das canções, assim como na primeira mixtape e o nome da própria personagem, homenageia personalidades femininas. A lista inclui nomes ligados à música, como Evelyn Dove, Rosetta Tharpe e Tia Ciata, até Dorothy Vaughan, primeira mulher negra a ser promovida chefe do departamento de pesquisas da NASA.

“São várias personalidades que admiro, me identifico, muitas são da música. Tem a Tia Ciata, que foi fundamental para o surgimento do samba carioca.Também coloquei o nome da protagonista em uma das faixas, já que não tinha feito isso no volume um”, explica niLL.

Transformações e aprendizados de Lilith

Agora, mais detalhado, o mundo da jovem Lilith é uma sociedade que sofreu profundas transformações. Em tempos mais remotos, a população era dividida entre homens, mulheres e os “agregados”, viajantes de outra linha do tempo, vieram para mostrar e avisar aos líderes que a população estava vivendo de uma forma errada.

No meio da guerra, os sobreviventes encontraram nos destroços, armas trazidas pelos agregados e, a partir disso, estudaram sua tecnologia. Uma delas é o automail, nome dado ao braço biônico da protagonista idealizada por niLL. Porém, as pessoas não viviam em harmonia, e um terrível episódio conhecido como Change Day mudou para sempre as estruturas do planeta: cerca de 30% dos cidadãos foram mortos, sendo a maioria dos exterminados do sexo masculino.

Com isso, as mulheres tomaram conta dos principais cargos de poder, propiciando o avanço de diversas pesquisas e estudos que estavam arquivados por falta de incentivo dos superiores, até então, todos homens. 

Sobrevivente do Change Day e considerada uma heroína de guerra já aos 16 anos de idade, Lilith, hoje com 25, não teve uma infância marcante, mas, com a vida, aprendeu coisas tão incríveis quanto pilotar naves e técnicas de autodefesa: o amor incondicional pela música, traduzido na bateria que a personagem gosta de tocar.

Inspirações e Sonoridade

A ideia da mixtape veio do cheiro dos perfumes femininos, que inspiraram o artista a criar distintas melodias. Diferente do último álbum – Lógos, lançado no ano passado – em que o rapper narrava as histórias de sua loja de brinquedos, este projeto não segue um cronograma organizado, mesmo tratando-se de uma continuação.

As sonoridades do disco vão do house e os sintetizadores pesados do new wave, até o tamborzão do funk junto com synthwave , criando um clima tropical e dançante. A mixagem e masterização é de Ramiro Mart.
“Eu venho testando essa mistura do funk tamborzão com o new wave, tem muito disso na mixtape. Acho que as duas coisas casaram muito, também é um ponto de unir as duas tribos”, diz o artista.